terça-feira, 21 de julho de 2009

Os 10 melhores discos de Rock-Brasil Anos 80
(parte 2)
por Bruno Cavalcanti
Se os dez melhores discos do mês passado causou muita confusão por aqui, desta vez parti para uma vertente mais séria do rock nacional, incluíndo os grandes nomes que fizeram a cabeça de uma geração (e, na falta de qualidade de hoje em dia, continua fazendo a cabeça de mais uma de tabela!) e outros que ainda não fizeram, mas pela qualidade, um dia ainda irão fazer...
Diga-se a verdade: grande parte dos melhores discos são de Brasília, e muito se deve ao fato de terem sido, em sua maioria, apadrinhados pela EMI-Odeon, que já tinha anos de conhecimento do assunto (em solo estrangeiro), enquanto as outras gravadoras, principalmente as nacionais, se complicavam para entender o tipo de som que "surgia" por aqui, sem saber exatamente como lançar.
Não inclui aqui gente como Raul Seixas, já que nos anos 80 ele já era um mito, e seus melhores trabalhos datam da década anterior. Também deixei de lado o Lobão, pois está na lista anterior. Também evitei discos genuinamente punks, pois já fiz uma lista exatamente com esse tema. E por aí vai...
E, finalmente, qual o critério que usei na minha seleção? Na edição passada selecionei os dez discos nacionais que te fazem levantar da cadeira, arrastar o sofã, e se descabelar na sala. Já desta vez, são os discos que te levam de volta à cadeira, e te fazem escutar as músicas com atenção.
Com vocês, os 10 melhores discos de rock-Brasil anos 80 (dos que te botam pra pensar...):
Legião Urbana Legião Urbana (1985)Que melhor forma de se começar uma lista do que com eles? Renato Russo, o melhor vocalista de toda a música brasileira, porém, com um time de músicos ordinários, e todo mundo influenciado por Joy Division, The Smiths e The Cure. O primeiro disco, que iria se chamar "O Futuro Do País" e deveria conter a faixa "Que país é esse?" (limada pela censura da própria gravadora), é um apanhado de sucessos, e foi o grande abre-alas do rock candango. As letras sobre os anseios da juventude definiria a banda como porta-voz da adolescência, alcunha que sempre irritou Renato. Muitos críticos colocariam o cantor no top dos gênios da MPB, o que não significa muito coisa...
Titãs Cabeça Dinossauro (1986)(A ShowBizz colocou este como o maior disco de rock nacional de todos os tempos. Aí já é demais!) A banda começou com o nome Titãs do Iê-Iê-Iê, gravou dois discos de pop new wave sem tanta inspiração, e, quando tudo indicava que o conjunto estava fadado ao fracasso, lança um disco espetacular! Uma mistura única de punk rock e hard rock, que, aliada à refinada poesia concretista de Arnaldo Antunes, caracterizaria o Titãs como uma das mais originais bandas de rock do país (nos anos 80, claro, quando Arnaldo Antunes ainda estava da banda!) Aqui estão grandes clássicos como "AA UU", "Igreja", "Polícia", "Estado violência", "Bichos escrotos", e a inigualável "Porrada".
Camisa de Venus Batalhões de Estranhos (1985)Aqui, em seu segundo disco, a maior banda de rock do país flertaria com a new wave, lançando um disco genial. A banda alcançaria as rádios com o atentado às feministas "Eu não matei Joana D'arc" e o hit do malaco injuriado "Hoje". "Cidade fantasma" é um típico ska inglês, e "Batalhões de estranhos" é a trilha sonora ideal para o livro Farenheit 451, de Ray Bradbury. O grito de guerra "Bota pra fudê!" ecoaria pelos quatro cantos do país, e a banda alcançaria sucesso sem precisar fazer playbacks em programas da tevê. Depois deste disco, a banda lançaria o primeiro disco ao vivo do Brasil, o "Viva!", um divisor-das-águas no conceito de censura fonográfica no país.
Plebe Rude O Concreto já Rachou (1985)O melhor disco da Plebe Rude, com um nível que a banda nunca conseguiria atingir em seus trabalhos decadentes posteriores (salvo, talvez, "Nunca fomos tão brasileiros", de 1987). Com letras excelentes ("Proteção" e "Minha renda") e temas obscuros ("Sexo e karatê" - que muitos dizem se tratar de "Sexo e cocaína" - e "Seu jogo"), este disco foi uma dádiva aos jovens rebeldes de meados dos anos 80 e à EMI, que ganhou uma fortuna em cima dos caras em função de cláusulas de contrato! Deveria ser o único disco da banda, que renderia ao grupo o estigma de mito do rock nacional. Mas não, Philippe Seabra & cia. continuariam por anos, plagiando cada vez mais o Killing Joke...
Ira! Mudança de Comportamento (1985)Edgard Scandurra foi figura das mais importantes do rock paulista. Formou o Ultraje à Rigor!, tocou no Smack, e fez grande parte das músicas das Mercenárias. Além disso, é um dos grandes guitarristas do país. Nasi também não ficou pra trás, lançando a primeira coletânea de rap do país, nos anos 80. A banda copiou o primeirão do The Jam na cara dura neste disco, e copiaria a carreira-solo de Paul Weller com o Style Council nos discos seguintes. Mas eles foram felizes, principalmente porque se transformaram na grande sensação de mod rock do país. Apesar que a música "Pobre paulista", contra a emigração de nordestinos para sampa, queimou o filme dos caras...
Legião Urbana Dois (1986)O segundo disco do Legião Urbana deveria se chamar "Mitologia e Intuição" e seria duplo, com as músicas "Mitologia e intuição", "Faroeste caboclo", "Tédio", "Conexão amazônica", "Química", "O Grande inverno da Rússia" e "Juízo final". Mas a EMI achava que ainda não era hora e limou 50% do trabalho dos caras. A capa, o nome e a arte interna perderam o sentido sem a faixa-título, e em última hora montaram uma arte ordinária que resultou no "Dois". No ano seguinte, lançariam "Que País É Esse?", sendo que metade do disco seria composto por essas músicas, além da faixa-título que havia sido censurada do primeiro trabalho da banda. É, coisas de terceiro-mundo...
Patife Band Corredor Polonês (1987)Umas das coisas mais esquisitas que surgiu nos anos 80. Uma mistura entre samba, funk, jazz, hard rock, punk, num andamento nervoso e ágil, com letras paranóicas e psicóticas. Toda essa insanidade não é por nada, pois a banda tinha em seu front o músico Paulo Barnabé, irmão do tresloucado e famoso Arrigo Barnabé. Ele pegou o experimentalismo "dodecafônico" do irmão mais velho e embalou num formato mais... pop! Não há destaques, pois cada música é melhor que a outra, de tão bizarras que são! Só pra se ter uma idéia da morbidez, "Tô tenso" foi regravada pelo Ratos de Porão, e "Vida de Operário", pelo Pato Fu! Enfim, essencial e obrigatório...
Capital Inicial Capital Inicial (1986)Esse disco vendeu horrores no ano em que foi lançado, levando até o Disco de Ouro - apesar de que as músicas que emplacaram nas rádios foram justamente as de Renato Russo, feitas com os irmão Flávio e Fê Lemos ("Música urbana" e "Fátima"). As músicas compostas por Dinho Ouro Preto são as mais irrelevantes do disco. Os destaques ficam para "Psicopata", "Veraneio Vascaína" e, principalmente, para a profunda "Tudo Mal". Dinho saiu da banda no meio dos anos 90, gravou um disco solo inútil em 95, e retornou ao grupo em 98. Ele realmente cantava muito bem, mas com o tempo sua voz acabou, e a prova definitiva está no cd Acústico MTV da banda, de 2000.
Inocentes Pânico em SP (1986)...e então os punks dos Inocentes gravaram um disco pela grandiosa Warner... E daí?!? O que importa nesse momento é que eles conseguiram lançar um bom disco em mini-Lp (formato tão em voga nos anos 80!) Não é pra menos, pois foi produzido por quem entende de música - Branco Mello e Pena Schmidt. A despeito da capa mais horrível que se tem notícia, o som é excelente, e o disco contém as melhores viradas de bateria do punk nacional! Este é o segundo disco da banda, e o mais perto que conseguiram chegar de um bom disco. Os grandes momentos ficam por conta de "Ele disse não" e "Pânico em SP". Faltou só "Desequilíbrio" para se tornar o disco definitivo da banda.
Fellini O Adeus de Felini (1985)Fellini é aquele tipo de banda que todo mundo já ouviu falar, mas ninguém escutou. Eles sempre foram bem-vindos junto a crítica especializada, mas nunca venderam nada! Eles gravariam ainda três discos até encerrar suas atividades, em 1990, e depois retornarem, alguns anos depois. Esse primeiro disco é o mais criativo de todos, já que o veneno letárgico da banda estava sendo disseminado pela primeira vez. Depois, as coisas foram perdendo a graça, e a banda fez bem em acabar (e porque voltou?) As letras do disco são muito estranhas, e as músicas mais ainda: mistureba seminal entre rock e MPB, em temas rápidos e curtos. Original, realmente, mas pra poucos

Os 10 melhores discos de Rock-Brasil Anos 80
por Bruno Cavalcanti
Quem veio aqui esperando uma lista dividida entre Legião Urbana e Plebe Rude, pode ir tirando o cavalinho da chuva! Se fosse o caso de cair em tamanho lugar comum, eu nem me daria o trabalho de fazer esse tipo de lista, porque todo mundo já sabe de cor como deve ser. Portanto, coloquei aqui o que é, na minha opinião, o melhor da new wave (no verdadeiro sentido do termo) feita no Brasil.
Não quis me aprofundar na trajetória desses artistas antes dos anos 80, porque senão ficaria tudo muito vago. Mas Lulu Santos e Lobão, por exemplo, tiveram uma banda com Ritchie (que compôs o hit "Menina Veneno") chamada Vímana, que tinha nos teclados Patrick Moraz, do famoso grupo progressivo Yes, que tinha planos com o Vímana de superar o próprio Yes e ser a unanimidade mundial do progressivo. Isso tudo na primeira metade dos anos 70! João Penca e os Miquinhos Amestrados foi outra banda que existia desde os anos 70, e tocava rockabilly por São Paulo com o nome de Zoo.
Ok, e existem também as bandas de um hit só, como Dr. Silvana & Cia, com "Serão extra", que tinha o refrão antológico: "Eu fui dar, mamãe, fui dar um serão extra, trabalhei com o patrão..." (curiosidade inútil: foram eles que cunharam o termo "taca a mãe pra ver se quica!"); Espírito da Coisa, com "Ligeiramente grávida", com o refrão total 'garota-pré-AIDS-anos-80': "Mamãe, eu acho que estou, ligeiramente grávida, mamãe não fique pálida, a coisa não é ruim, cê sabe um dia você já ficou assim..."; Herva Doce, com "Amante profissional", aquela do: "Moreno alto, bonito e sensual..."; Grafite, com "Mama-maria"; Metrô, com "Beat acelerado"; e finalmente a maior de todas - Absyntho, que tinha como vocalista o afrescalhado Silvinho, que deu ao mundo um dos maiores hits rockers da história, a empolgante "Ursinho Blau Blau"! Bons tempos aqueles, onde o magrelo Silvinho rebolava no Chacrinha para um ursão de pelúcia com uns três metros de altura!...
Então é isso aí! Coloquem os vinis nas vitrolas, aumentem o som do seu Polivox, e arraste os móveis da sala!!!
Cascavelletes Rock'n'Aula (1989)O segundo disco dos irresistíveis, insubstituíveis e insuperáveis Cascavelletes. O disco mais divertido da história do rock nacional! A voz afrescalhada de Flavio Basso brilha cheia de purpurina em "Gato Preto", "Moto", e principalmente, em "D.I.S.C.O. (A garota da rua)". Há a balada brega "Sorte no jogo", a porrada na moleira "Baby satanás", os rock and rolls "Cão e cadela", "No banco de trás de um cadillac" e "Eu quis comer você", a famosa "Nega bom bom" - punhetinha de verão! - e, fechando o disco, a milonga requiônica "Lobo da Estepe". Ainda tem espaço para a versão de estúdio da genial "Jessica Rose". Um disco obrigatório: quem nunca ouviu deveria ser preso, e quem não gostou deveria ser morto!
Ultraje a Rigor Nós Vamos Invadir Sua Praia (1985)Formado em 1980, tinha em sua formação original Edgar Scandurra. Em 83, foram contratados pela WEA e gravaram um compacto, com "Inútil" e "Mim quer tocar", que só saiu um ano depois por causa da censura (sempre ela!) Scandurra sai para se dedicar ao Ira!, e em 84, a banda grava outro compacto, com "Eu me amo" e "Rebelde sem causa". O lado B estoura, e no ano seguinte, gravam o primeiro e ultra-clássico Lp, que vendeu horrores de ouro e platina, marca atingida pela primeira vez na história do rock nacional. "Nós vamos invadir sua praia", um psichobilly com a letra maravilhosa, "Rebelde sem causa", "Mim quer tocar", "Ciúme", "Inútil" e "Eu me amo", fazem deste um disco essencial pra todo mundo!
Ultraje a Rigor Sexo!! (1987)Dois anos depois do primeiro disco, a banda lança mais um, que só não foi tão bom quanto o debut porque isso era simplesmente impossível. A temática do álbum é uma referência lógica do que a banda andou fazendo nos últimos dois anos de sucesso ininterrupto. A música que abre o Lp, "Eu gosto é de mulher", é um clássico roqueiro, que faz uma ironia sobre um tempo em ser heterossexual é quase uma anormalidade (sic). "Dênis, o quê você quer ser quando crescer?", é sobre a vagabundagem geral. "Terceiro" - é um psichobilly com letras na linha de "Inútil"; e "Sexo!!", é um atentado à censura vigente da época. "Pelado", que virou tema de novela, tem uma letra excelente.
TNT s/t (1987)Rockabilly à mil por hora - é basicamente isso o TNT. Fundada na primeira metade dos anos 80, em Porto Alegre, por Flavio Basso e Nei Van Soria (Cascavelletes), e Charles Master, a banda tocava o famoso rockabilly levanta-defunto! Pouco depois, Flavio e Nei deixam a banda para fundar o pornobilly dos Cascavelletes, e o TNT se reorganiza e lança o famoso Lp de estréia, que tem petardos insanos do tipo "Eu não quero mais te ver", "Desse jeito", "Ratiação", "Entra nessa", "Liga essa bomba", calmarias como "Oh! Deby" e "Me dá um cigarro", e loucuras de Flavio Basso, como "Febem" e a famosa mais famosa de todas, "Nana Banana". Depois gravariam mais dois discos, só que na linha hard rock/psicodélico.
Lobão Vida Bandida (1987)Lobão foi um dos idealizadores da Blitz - compunha e tinha escolhido o nome. Saiu da banda depois do debut de 82, por achar que a gravadora tinha modelado o rock da banda num pop infanto-juvenil. Neste mesmo ano, sai em carreira-solo, e lança o cult "Cena de cinema". Em 84, lança o "Ronaldo foi pra guerra", com os hits "Corações psicodélicos" e "Me chama". Em 86, sai "O Rock Errou" (com sua namorada na capa de peito de fora!) Mas seu grande momento foi em 87, com o disco "Vida Bandida", que gravou enquanto estava preso por pose de drugs, nas vezes que conseguiu habeas corpus. Aqui estão alguns clássicos do rock rebelde, amargados pela voz de Lobão, como "Vida Louca" e "Rádio blá blá".
Lulu Santos Último Romântico (1984)A partir de 83, Lulu Santos, em função de ser um nome já em evidência (vinha de bandas como Veludo Elétrico e Vímana, e já tinha dois Lps e um compacto, já em carreira-solo), deu uma de produtor e produziu dezenas de discos de bandas paulistas, tirando a hegemonia até então do Rio de Janeiro no cenário nacional. No início de 1984, sai um dos maiores clássicos de Lulu, com músicas como o hit "Lua de mel", as tocantes "O último romântico" e "Certas coisas"; a empolgante "Tão bem" e a ótima "Tudo azul". Há ainda "Ronca ronca", com Rita Lee, e uma regravação de "Calhambeque". Foi o disco que incluiu Lulu Santos no Rock in Rio, e emplacou sua carreira, uma das mais bem-sucedidas no Brasil.
João Penca e os Miquinhos Amestrados Os Maiores Sucessos de... (1982)Eduardo Dusek surgiu na mídia em 1980 no festival MPB-1980, vestido de anjo e cantando um devaneio rajneesh-apocalíptico chamado "Nostradamus". Em 82, viu que o rock diversão era o que havia, e chamou uma banda de rockabilly com letras divertidas que já tinha um certo sucesso em São Paulo, para participar do seu disco "Cantando no Banheiro". Nessa banda tinha um goiano chamado Léo Jaime, que logo pulou fora para uma carreira-solo. Mas os Miquinhos continuaram na estrada - e de fato continuam até hoje em dia! -, e lançaram esse excepcional Lp, com os roques "Calúnias (Thelma eu não sou gay)", "M", "Você roubou meu coração" e a super-dançante "Psicodelismo em Ipanema".
Kid Abelha Educação Sentimental (1985)Poucas bandas passavam ilesas pela censura, e o Kid Abelha estava nesta curta lista em função do seu disco de estréia, "Seu espião", de 84. A desistência da crítica em esperar algum conteúdo nas letras, rendeu à banda o título invejável de "mais for fun do Brasil", e o apelido criativo "Q.I. de Abelha". Em 85, sai o grande clássico do pop romântico adolescente, o maravilhoso "Educação Sentimental". Logo depois deste disco, rolou uma porrada (literalmente falando!) entre Paula Toller e Leoni, o baixista da banda e compositor principal, sobrando sopapos até para Herbert Vianna, que namorava na época com Paula. Leoni funda em seguida o Heróis da Resistência, um fracasso total...
Tokyo Humanos (1985)Supla começou realmente tocando no Zig Zag, banda punk do início dos anos 80, que tocava covers de Sex Pistols, Exploited, Clash, etc, além de músicas próprias. Fez a cabeça de gente como Tico Terpens (Joelho de Porco), que pôs a banda na Som Livre. Lançaram um compacto que continha "Humanos" e a música "Mão Direita" (temática óbvia!), que foi vetada pela censura. "Humanos", lançado pela CBS, contém vários hits como o punk rock ultra-depressivo "Eu sou Triste", a clássica "Garota de Berlin", as ótimas "O tal Poder" e "Roupa X", além de "Romântica", um punk-brega com Gauby Peixoto, e o grande hit neo-paranóico "Humanos". Há, e também tem a malfadada "Mão Direita"...
Gang 90 & Absurdettes Essa Tal de Gang 90 & Absurdettes (1982)Para não colocar a Blitz, coloquei esta banda, que foi anterior - coisa que quase ninguém sabe - e, portanto, foi realmente a pré-cursora do estouro rock and roll no Brasil dos anos 80. Foi um projeto do poeta e jornalista Júlio Barroso e a roqueira Alice Pink Punk, que tinha Mae West nos vocais. Era a típica new wave, vinda de uma mistureba entre Blondie and Talking Heads. Os maiores hits ficam por conta de "Nosso louco amor", "Perdidos na selva", "Jack Kerouac" e a "Makacongo 2001". A música "Dada globe orixás" é uma referência a mistura alegórica entre Dadaísmo fazendo corinho com os Orixás. Dá-lhe Júlio Barroso, que foi o grande culpado por tudo que veio a seguir...
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Nascimento do rock traz polêmica entre brancos e negros; leia trecho de livro
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da Folha Online
Com mais de 50 anos de vida, o bom e velho rock and roll é lembrado no calendário a cada 13 de julho, Dia Mundial do Rock. A data passou a ser comemorada depois da realização do concerto musical Live Aid, em 13 de julho de 1985.
Idealizado pelos músicos Bob Geldof e Midge Ure, os shows simultâneos na Inglaterra, Estados Unidos, Austrália e Rússia, tiveram a presença de grandes nomes do rock como Queen, Paul McCartney e The Who, em prol das vítimas da fome na Etiópia. Dado o sucesso do evento, a data ficou marcada como o Dia do Rock.
Divulgação

Em almanaque, o músico e jornalista Kid Vinil revela histórias, personagens e curiosidades sobre o rock, o ritmo cinquentão
Para os amantes do ritmo e das incríveis histórias que surgem aliadas às novidades roqueiras, o livro "Almanaque do Rock", de Kid Vinil, traça uma detalhada linha do tempo sobre a criação do ritmo e os acontecimentos curiosos de cada época.
Testemunha ocular do rock brasileiro e pesquisador de sua influência mundial, Vinil descreve no livro os 50 anos de história do rock. O almanaque ricamente ilustrado relata o surgimento do rock and roll desde a década de 50, quando Chuck Berry e Elvis Presley mostravam ao mundo uma fusão da country music e do rhythm'n'blues, passando pela agregação do ritmo aos elementos do jazz, da música clássica, do folk e da world music, até o rock da era digital.
O último, cheio instrumentação eletrônica e computadores, mostra bandas relativamente novas no circuito, de Klaxons à brasileira Cansei de Ser Sexy.
Entretanto, mesmo diante de tantas mudanças, o autor garante: "o rock and roll nunca perdeu a sua rebeldia, o seu jeito de entrar com o pé na porta."
Leia abaixo um trecho do livro "Almanaque do Rock".
Atenção: o texto reproduzido abaixo mantém a ortografia original do livro e não está atualizado de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico. Conheça o livro "Escrevendo pela Nova Ortografia".
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A Receita do Rock and Roll
Na sua forma mais pura, o rock é composto de três a quatro acordes, uma batida forte e contínua e uma melodia pegajosa. As raízes do rock and roll provêm de fontes variadas: o blues tradicional, o rhythm & blues (R&B) e a música country. Adicione também o gospel, o pop tradicional, o jazz, o boogie-woogie e o folk. E misture uma estrutura ao estilo blues, que torna a canção rápida, dançante e atraente.
O rock and roll teve seu modelo criado pela primeira geração de rockers: Chuck Berry, Elvis Presley, Little Richard, Jerry Lee Lewis, Buddy Holly, Bo Diddley, Bill Haley, Gene Vincent, The Everly Brothers, Carl Perkins, entre outros. Nas décadas seguintes, um grande número de artistas foi recriando e redefinindo esse som. Da invasão inglesa, folk-rock e psicodelia ao hard rock, heavy metal, glam rock e punk, diversos subgêneros foram surgindo, muitos deles ainda conservando
Brancos ou negros?
O rock and roll já nasceu polêmico. Quando a juventude da época começou a se revoltar contra o racismo, a música foi uma forma de unir a todos. Alguns atribuem aos negros a criação do rock and roll nos anos 50. Mas quem será o pai do rock? Na versão negra, podemos considerar Chuck Berry, Little Richard, Fats Domino e Bo Diddley.
O primeiro marco na história do rock foi uma gravação de Ike Turner (o falecido marido da Tina Turner). Ele tinha um grupo de R&B chamado The Kings of Rhythm, que, em maio de 1951, emplacou nas paradas o compacto Rocket 88.
Os primeiros brancos a se aventurarem no contagiante ritmo foram Bill Haley, Carl Perkins, Johnny Cash, Jerry Lee Lewis, Roy Orbison e Elvis Presley, que traziam em suas músicas as origens do hillbilly, uma espécie de música pré-folk feita no sul dos Estados Unidos, o swing do blues feito pelos negros e uma pitada do jazz e do boogie-woogie - este, outra vertente do blues tradicional. Essa mistura mais tarde passou a ser chamada de rockabilly.
A diferença entre o rock and roll e o rockabilly é que no primeiro entravam elementos do pop feito antes da década de 50 - o chamado pop tradicional - e, no segundo, havia predominância das raízes country e do rhythm & blues.
O selo Sun Records, do produtor Sam Phillips, ajudou a propagar pela América alguns desses ritmos importantes, na voz de nomes como Johnny Cash, Jerry Lee Lewis e Elvis Presley. Enquanto isso, em Chicago, um outro selo chamado Chess Records - uma gravadora de R&B - apresentava ao mundo os artistas negros do rock and roll, como Chuck Berry e Bo Diddley.
Nessa época, houve uma proliferação pelos Estados Unidos de outros selos menores que também fizeram história, como o Imperial e o King. Um dos caras mais negligenciados pela mídia foi Bill Haley, músico do Estado de Michigan, que já tocava rock and roll desde o início dos anos 50, quando o ritmo ainda nem tinha nome. Sua gravação de "Rock Around the Clock", por exemplo, aconteceu em abril de 1954, antes de Elvis Presley assinar com a gravadora Sun Records (também em 1954), e de Chuck Berry gravar "Maybellene", em 1955.
O cara chorão
Citado como um precursor do rock and roll, Johnnie Ray tinha um estilo inspirado no R&B, algo entre Frank Sinatra e Elvis Presley. Ele ganhou seu primeiro disco de ouro em 1951 com a música "Cry" e depois com "Little White Cloud that Cried". O apelido The Cry Guy (o cara chorão) surgiu porque sua performance no palco incluía choro e dramatizações, como se ajoelhar aos prantos. Muitos o consideram uma das grandes influências de Elvis e, no Brasil, de Tony Campelo.
Enquanto isso, no Rádio...
Alan Freed foi tido como o responsável por ter apresentado o som dos negros para as platéias brancas com seu programa de rádio Moondog Rock and Roll Party, que começou em Ohio, em 1952, tocando R&B para uma audiência de adolescentes brancos. Como o racismo pegava pesado naquela época, o DJ foi criticado por sua iniciativa e perseguido pelas autoridades.
Um dos momentos marcantes de Freed foi em 1952, quando ele conseguiu reunir uma platéia de 25 mil brancos em Cleveland, tentando entrar num local com capacidade para 10 mil pessoas, para ver um show que trazia praticamente só artistas negros de rock and roll. Claro que ocorreu um grande tumulto, mas o sucesso levou seu programa para Nova York dois anos depois. Ele promoveu outro show histórico em 1955, no Brooklyn Paramount Theater, com Fats Domino, The Drifters, The Clovers e The Heptones and Joe Turner. Mais uma vez, a maior parte da platéia presente era de jovens brancos.
O DJ virou um herói do rádio em toda a América, pois dava força a todos os novos grupos de R&B, até aos mais obscuros, e se recusava a tocar Pat Boone, cantor que cantava sucessos do rock and roll em versões adocicadas. Ele também apareceu em diversos filmes nos anos 50 interpretando a si mesmo, como Ao Balanço das Horas (Rock Around the Clock), Don't Knock the Rock e Mister Rock and Roll. Apesar de tudo isso, Alan Freed sofreu processos por exigir participações em direitos autorais de certas composições que ele ajudava a estourar tocando-as em seus programas.
Um dos piores momentos de sua carreira foi em 1958, no seu programa de TV Rock and Roll Dance Party, em que ele foi proibido de mostrar o cantor de doo-wop negro Frankie Lymon dançando com uma garota branca.
Diante de tantas acusações e proibições, sua carreira começou a decair, até que em 1959 estourou o escândalo do payola (jabá), quantia exigida pelos DJs de rádio para tocar as músicas dos artistas. Freed terminou sua vida e sua carreira em 1965, desempregado e alcoólatra.
Doo-wop
Um estilo importante dentro do rock and roll dos anos 50 foi o doo-wop, uma espécie de exercício vocal feito por grupos de jovens negros e brancos, pobres e, às vezes, ítalo-americanos, que começaram a carreira cantando sem nenhum acompanhamento de instrumentos, naquilo que chamamos a capella. Nessa década, apareceram diversos grupos desse estilo, e alguns conseguiram certo sucesso, como The Crows, The Penguins, The Ravens e The Orioles. Mas outros também merecem destaque, entre eles: The Platters, The Clovers, The Spaniels, Frankie Lymon and The Teenagers, Dion, The Flamingos e The Drifters.
Em 1954, um dos grupos precursores foram os canadenses do Crew Cuts que chegaram ao primeiro lugar em algumas paradas com a música "Sh'Boom", que consistia em um arranjo vocal dos quatro integrantes. No ano seguinte, emplacaram mais uma: "Earth Angel", regravação dos The Pinguins. The Crows foi o primeiro grupo vocal negro a tocar em rádios de brancos em 1954, com a música "Gee". Entretanto, um dos grupos mais bemsucedidos foi o The Clovers, que emplacou 13 sucessos entre 1951 e 1954. Sem contar o The Platters, grupo de doo-wop que entrou nas principais paradas com "The Great Pretender" em dezembro de 1955.
Músicas de doo-wop que ficaram na história:
"A TEENAGER IN LOVE"_DION
"BARBARA ANNE"_THE REGENTS
"BLUE MOON"_THE MARCELS
"DEVIL OR ANGEL"_THE CLOVERS
"EARTH ANGEL"_THE PENGUINS
"LITTLE DARLIN"_THE DIAMONDS
"LOVE PORTION NO 9"_THE CLOVERS
"SMOKE GETS IN YOUR EYES"_THE PLATTERS
"THE GREAT PRETENDER"_THE PLATTERS
"WHY DO FOOLS FALL IN LOVE"_FRANKIE LYMON
O Compacto de Vinil
Um produto de consumo importante foi o compacto de vinil de sete polegadas, o single, conhecido no Brasil como "compacto simples". Todos os grandes nomes começavam gravando suas músicas nesse formato. Na época, as rádios só tocavam compactos. Existia apenas uma parada de sucessos que eles chamavam de singles chart (algo como "parada de compactos"). Somente no início dos anos 60 foi criada a parada albuns chart ("parada de discos") para os LPs que só eram lançados depois de o artista ter tido vários compactos de sucesso. Estes eram reunidos no LP.
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12/05/2008 Uma breve História do Rock

Adriano Coelho
Início dos anos 50.Vários ritmos dominam os Estados Unidos.Os jovens dividiam os gostos musicais entre o Jazz, Blues, Soul e Country.Foi a época em que a rebeldia começava a tomar conta do país com grupos de motociclistas (amantes de motos como Harley Davidson e Tryumph) e leitores da cultura Beatnik (onde relatavam todo inconformismo do jovem com o mundo).No cinema, James Dean mostrava o que era o jovem americano. O filme 'Juventude Transviada' mostra brigas de gangues e rachas automobilísticos.Nessa época também,surgiram sex-symbols como Marilyn Monroe (E.U.A.) e Brigitte Bardot (Europa) que antecipavam a liberação feminina.
Nesse momento de euforia, faltava alguma coisa, uma música mais rebelde,algum ritmo que chocasse, chama-se atenção, mudasse a moda, comportamento e tudo aquilo que o jovem pudesse colocar para fora. 'Faltava Rock n´ Roll na vida dessas pessoas'.
Anos 50.
Existe muita controvérsia com relação ao Rock.Segundo historiadores a palavra rock nasceu num programa de rádio,quando Bill Harley and Comets tocavam ao vivo e o locutor disse: Nossa! Parece um monte de pedras rolando (isso em 1955).
Depois disso, artistas brancos como: Gene Vincent, Carl Perkins, Elvis Presley, Jerry Lee Lewis (que engravidou uma prima de 13 anos), Buddy Holly, Eddie Cochran , Johnny Cash (puxado mais para o country) e os negros: Chuck Berry, Little Richards e Fats Domino, entre outros, levaram o estilo para frente. Apesar de todo o sucesso de Elvis Presley – que foi considerado rei, para muitos - os artistas negros representavam melhor o rock que os brancos.
Artistas como Buddy Holly e Eddie Cochran morreram jovens em turnês, já Chuck Berry continua fazendo shows , mesmo com mais de 80 anos.
O que mais chocou a sociedade na época,foram as danças, onde homens pegavam no corpo da mulher e muitas vezes se entrelaçavam, todos de topete e casacão de couro.
Anos 60.
O rock saiu dos Estados Unidos e partiu para a Inglaterra. Bandas como Rolling Stones, Beatles e Animals colocaram o rock britânico no topo do mundo. A época foi marcado pelo movimento MOD, onde jovens de classe média começaram a usar ternos italianos e andar de lambretas.Esses mesmos caras curtiam de rock a soul-music, consumiam altas doses de anfetaminas e adoravam uma encrenca.As bandas desses movimentos foram The Who, Small Faces e The Yardbirds, mas esse seguimento ficou mal visto, por causa de um episódio ocorrido no litoral inglês em 1964, onde um grupo de MOD atacou os Rockers (pessoal que ainda curtia os anos 50) resultando prisões e críticas pesadas nos jornais.
O The Who resolveu abandonar o estilo e passou a se vestir de outra forma.No final dos anos 70, a banda The Jam fez um revival do movimento.Nos anos 90, Oasis e Blur também foram influenciados pelos MOD.
Apesar de toda essa fama, o rock dos anos 60 ficou mais conhecido mesmo pelo surgimento do movimento Hippie, onde o rock voltou para os Estados Unidos, e todo os climas psicodélicos, influenciados por sexo, drogas e rock n roll, tomaram conta do mundo.Bandas e artistas como Janis Joplin, Jimmi Hendrix, The Doors, Jeferson Airplane, Grateful Dead, entre outros tocaram em festivais como Woodstock e Monterrey, celebrando a paz através do movimento Flower Power, usando cabelos compridos, morando em comunidades e usando muitas cores em suas roupas.
Apesar do movimento ter surgido nos Estados Unidos, para muitos o disco Sgt. Pepper’s Lonelly Hearts Club Band – The Beatles foi o divisor de águas, onde composições psicodélicas influenciaram toda geração hippie. Não podemos esquecer da Surf-Music em que grupos como Beach Boys, The Ventures e The Shadows entre outros, falavam do mundo dos surfistas, muitas vezes fazendo apenas músicas instrumentais.
Anos 70.

Para muitos, a melhor fase do rock. A palavra Classic-Rock tem cara de anos 70. Medalhões como Black Sabbath, Deep Purple, Led Zeppelin, Nazareth e Uriah Heep brilharam nessa década que também foi quando fo surgiu os movimentos Punk, Progressivo, Hard-Rock, Glam, entre outros.
No início o Glam Rock estourou com bandas como New York Dolls, The Sweet e T-Rex. Todas faziam um rock n` roll com clima de festa e visual andrógino. Esse movimento influenciou o Hard Rock americano e o Punk inglês (mesmo sendo estilos tão diferentes).
O Hard Rock ,com uma proposta mais pesada, tornou-se um dos estilos mais famosos do mundo. Além das bandas citadas acima, tivemos mestres como Thinn Lizzy, Blue Oyster Cult, Ten Years After, Humble Pie. Muitas dessas bandas surgiram nos anos 60, mas brilharam na década seguinte. Por outro lado,o rock progressivo era um estilo mais trabalhado, onde o teclado aparece mais que a guitarra. O som normalmente é 'viajante'.Do progressivo ainda surgiram os estilos Krautrock (mais viajem ainda), e na mistura com Hard Rock tivemos AOR, o rock de arena, da qual surgiram bandas como: Journey, Survivor, Foreigner e Toto.
Nos anos 90 o progmetal apareceu da união do progressivo com o metal,das quais Dream Threater e Symphony X são os principais representantes.
Na mesma época tivemos o punk, talvez o mais rebelde dos estilos.Surgido nos subúrbio de Londres, os adeptos do movimento não gostavam do rock progressivo, pois achavam que ele havia deixado o rock muito “elitista”. Os punks também abominavam o movimento Hippie, dizendo que era um bando de aproveitadores.
Seu som não passava de duas notas.Com letras atacando o sistema, suas influências vieram de bandas de Detroit, que surgiram no final dos anos 60, como MC5 e Stooges.
Outras bandas que marcaram o movimento foram os ingleses do Sex Pistols, The Clash, Uk Subs, etc. Mas em Nova York o punk estava muito bem representado pelo Ramones, que incendiava shows na casa CBGB. Nos anos 80 o punk deu lugar ao Hardcore, estilo mais agressivo ainda, onde surgiria o cabelo moicano, baseado nos índios americanos. Bandas norte-americanas como Dead Kennedys, Bad Religion, Bad Brains, Agnostic Front e britânicas como Exploited e GBH deram continuidade ao movimento. Nos anos 90 o movimento ficou mais comercial com bandas californianas como Pennywise e Offspring que faziam a alegria dos skatistas, mas infelizmente o estilo ficou totalmente comercial com o surgimento do Emocore, mostrando o lado romântico do punk através de bandas como Chemical Romance e Good Charlotte. Também não podemos esquecer do Khrisnacore, facção levada a sério com princípios nos pensamentos da Khrisna em que o álcool e a carne são abolidos.Os principais representantes desse estilo são: Minor Threat e o Shelter.

Ainda nos anos 70 o Rockabilly (estilo que caracteriza o rock dos anos 50) volta com tudo com bandas como The Cramps (início) e Stray Cats (final) dando começo ao Psichobilly (mistura dos anos 50 com punk), esse que pode ser considerado o mais underground dos movimentos.Nessa época, também encontramos o New Wave, tipo de rock dançante bem representado pelo B-52s bem no final da década.
Anos 80.

Infelizmente a palavra pop, começava a fazer efeito.Nos anos 80 era difícil saber se algum tipo de música era rock ou não.A MTV começou a popularizar a música,ajudando na perda de identidade.
O rock começou a dividir a preferência dos jovens entre outros estilos como Rap, Dance-Music ( que invadiu o mundo no movimento Disco dos anos 70) e Reggae. Ainda assim,havia rockeiros do mundo todo usando uma camiseta com os dizeres: 'Fuck Disco Music'. O Pop-rock estourou no mundo. U2, Dire Straits e Duran Duran, começaram a lotar estádios com letras e visual bem menos agressivos que os das décadas anteriores.
Por outro lado, nos anos 80 o Heavy-Metal ganhou consistência.A NHOBHM (tradução: nova onda de bandas de heavy – metal) traz o estilo criado por Black Sabbath e Judas Priest com força total. Iron Maiden, Saxon (Ingleses) e Manowar (americanos) foram os maiores representantes.Sem dúvida, um dos gêneros mais fortes do rock (até hoje possuem fãs fiéis no mundo inteiro, causando até uma rivalidade com o mundo punk).
Na mesma década surgiu o metal extremo (thrash, death, black). Bandas americanas como Slayer e Metallica começam a fazer um som mais pesado e rápido, com muita influência punk.
Na seqüência temos o Death Metal com velocidade e agressividade, representados pela banda Death, hoje chamado de Old School. Enquanto isso, na cidade de Newcastle na Inglaterra, o Venom cria o black metal. Com muita agressividade e satanismo, álbuns como “Welcome To Well” e ‘Black Metal’ causa impacto no mundo do metal.Para muitos, foi o pontapé inicial para o som extremo.

Em Los Angeles o Hard-Rock volta com sucesso e glamour. Bandas como Ratt, Motley Crue e Wasp, ao mesmo tempo irritam os headbangers mais ortodoxos, mas tem em seus fãs muitas mulheres, já que as letras são baseadas em festas e diversão.
Muitas bandas do estilo surgidas nessa época, fizeram mais sucesso nos anos 90,como é o caso de Poison, Guns n Roses e Skid Row.
O pós-punk, hoje chamado de Gótico, começou a brilhas mais fortemente nos anos 80. As letras eram baseadas em assuntos depressivos. Algumas dessas bandas são Bauhaus, Sisters of Mercy e Siouxsie and Banshees, entre outras mais underground.
O Rock Industrial (mistura de rock com eletrônico) também surgiu do gótico. Alguns desses representantes são as bandas: Ministry, White Zombie e Nine Inch Nails que brilhariam na década seguinte.
Não podemos esquecer também do Neoprogressivo,que veio com uma proposta de comercializar o rock progressivo de uma maneira mais pop. As bandas de destaque nessa área, foram Marilion e Asia.
Como vocês viram, foi à época onde o mais pop e o mais extremo imperaram.

Anos 90.

Nos anos 90, o Gothic-Metal ganhou força.Surgido da mistura do metal com o gótico, Paradise Lost e Tristania entre outros, deixaram o estilo mais popular e forte.
Como já citado anteriormente, todos os estilos e sub-estilos foram inventados nas décadas anteriores.O que surgiu nos anos 90 nada mais era do que uma seqüência, com algumas influências. Talvez na década de 90, o destaque fique para as bandas de Seattle. Grupos como Nirvana, Soundgarden, Alice in Chains e Pearl Jam, caíram nas graças da mídia com letras e com um som que mistura do Punk ao Heavy Metal. O movimento foi marcado pelo profissionalismo do Pearl Jam e pela rebeldia desenfreada do Nirvana e Alice in Chains.
O Britpop do Oasis e do Verve também tinha o seu lado triste, com um estilo mais europeu. No caso do Oásis, eles faziam jus à cidade que nasceram (Manchester). Triste e melancólica, fazendo o mesmo papel de Seattle para os americanos, mas com uma pegada mais pop.
A mescla de música negra com rock foi bem representada por grupos como Faith No More, Red Hot Chilli Peppers e Living Colour (acompanhando o embalo da banda setentista Wild Cherry).
Por outro lado, bandas de rap também colocam o rock em suas composições como Beastie Boys, Cypress Hill e House of Pain.
Nessa década,o New-Metal causou impacto no mundo do metal.O som tem a mistura de metal com outros estilos, Linkin Park e Deftones (rap), System Of a Down (música Armênia) e Korn (eletrônica) são grandes representantes desse estilo. O fã normalmente não tem característica alguma de um headbanger, e quase nenhum Banger curte o estilo.A banda mais aceita é o Slipknot.
Não podemos deixar de citar o metal-melódico.Bandas como Helooween, Rhapsody e Stratovarius, mostraram toda influência de música clássica. Com letras falando sobre o folclore europeu, elas quebraram uma tradição, já que as maiorias das bandas não são nem americanas e nem inglesas. Países como Alemanha, Suécia, Finlândia e Itália têm a maioria das bandas.

Ano 2000

Talvez alguns estilos que estejam fazendo sucesso, já tenham sido citados anteriormente. Podemos afirmar que as bandas que estão na crista da onda são as alternativas consideradas “rock cabeça”, são elas Franz Ferdinand, Placebo, Interpol e Julliete and The Licks (influenciada por bandas oitentistas como: Sonic Youth e Pixies).
Na parte mais extrema, temos o black metal sinfônico.Bandas como Dimmu Borgir e Cradle of Filth popularizam um estilo quase impossível de tocar no rádio.
Nessa década, surgiu também o death melódico. Arch Enemy, In Flames e Soilwork deixam o estilo mais aceito.
Conclusões finais:

Quase impossível é gostar de todos os estilos. Assim como não é proibido gostar de algum estilo que não seja rock.
Às vezes, os adoradores dos estilos mais antigos não aceitam os mais novos. Mas o rock continua firme e forte. Prova maior da força do rock é que durante décadas a igreja protestou contra o rock. Hoje, até as religiões foram obrigadas a se render, e criar grupos de rock religioso.

Rock Brasil :

Desde a jovem guarda nos anos 60, o rock faz parte do Brasil, mas a percussora foi Celly Campelo, com seu rock ingênuo.
Nos anos 70 o Brasil incorporou o verdadeiro espírito do rock.Bandas como Tutti-Fruti, Mutantes, Novos Baianos, Joelho de Porco, artistas como Raul Seixas, e inúmeros festivais (como o famoso 'Festival de Águas Claras') marcaram a década.

Nos anos 80 o rock veio com uma imagem menos agressiva.Bandas como Engenheiros do Hawai, Capital Inicial e Paralamas do Sucesso, trouxeram uma linhagem mais pop e ainda hoje fazem sucesso.Os rebeldes da época foram: Camisa de Vênus, Plebe Rude, Titãs e Legião Urbana, com um som mais político.

Nos anos 90 a coisa não mudou muito, e o som continuou sendo aceito pelos 'não rockeiros'.

Punk : O Brasil produziu grandes bandas nos anos 80 como Inocentes, Garotos Podres, Cólera e Replicantes.Até hoje todos conseguem o merecido respeito.

Heavy Metal : Os pioneiros Stress, Azul Limão e Dorsal Atlântica, mostraram o que seria um pouco do estilo no Brasil, abrindo a porta para gigantes como: Sepultura, Angra, Krisiun e Torture Squad, que são as mais conhecidas no exterior.

Hoje em dia além das bandas comerciais de rádio, a pegada rock n´ roll está voltando com bandas como Cachorro Grande, Baranga e a volta do Golpe de Estado.

Rock no Mundo :
Alguns países nos deram muita coisa boa no Rock:

Alemanha: Scorpions, Kreator, Triunvirat, Ufo, Accept, Lacrimosa.
Suécia: Hamerfall, The Hives, Backiard Babies, Yngwie Malmsteen
Finlandia: Nightwish, Stratovarius, Altaria.
Italia: Raphsody, Labirinth, Premiata Forneria Marconi
Holanda: Focus, Picture, Bambix,.
Canada: Rush, Anvil, Voivod, Triumph.
Noruega: Dimmu Borgir
Suíça: Celtic Frost
Escócia: Exploited, Nazareth
Irlanda: U2
Polônia: Vader
Portugal: Moonspell
Dinamarca: Mercyfull Fate
Grécia: Rotting Crist
Austrália: Midnight Oil, AC/DC